quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Joss Stone: a voz branca da Soul Music (Terceiro álbum e fase de transição)

Após aclamada pela crítica, Joss Stone passou por um período de transição. Mudando constantemente a cor dos cabelos e seu estilo, a cantora continuava a provar que sua aparência em nada mudava a sua personalidade dentro e fora dos palcos.


Em 2006, então aos 19 anos de idade, cantou o clássico Soul "Son Of A Preacher Man" no "UK Music Hall Of Fame", em tributo à cantora britânica de pop e soul Dusty Springfield. O cover é considerado por muitos o melhor de todos, além de ser uma de minhas performances favoritas de Stone.


No mesmo ano, cantou "(You Make Me Feel Like) A Natural Woman" para sua maior Diva, Aretha Franklin, num tributo à cantora.

Em 2007, saiu da S-Curve Records e passou para o selo Virgin Music, pertencente à sua gravadora, EMI, e lançou seu terceiro álbum: "Introducing... Joss Stone", com a colaboração do cantor e compositor de neo-soul, Raphael Saadiq, a cantora Lauryn Hill e o rapper Common. Esse álbum destacou-se pela mudança na sonoridade, mostrando um lado mais pop, R&B, Hip Hop e ainda o Soul, com um apelo mais "urban". Seu primeiro single foi o hit "Tell Me 'Bout It", e seu segundo, o dueto com o rapper Common, "Tell Me What We're Gonna Do Now", muito popular até hoje. Neste álbum destacam-se também "Baby, Baby, Baby" e "Put Your Hands On Me".
Foi um ano intenso, com shows pelo mundo inteiro e participações em festivais, como o "Avo Session".



 Em 2008, Joss acorda numa manhã e pensa: "Quero fazer um álbum de Soul Music cru!", e decide gravar seu quarto álbum e, para isso, utiliza o "Mama Stone's" a casa de shows de sua mãe em Wellington, no Reino Unido, transformando-a em um estúdio. Ao lado dos músicos de sua banda, Kenya Baker (guitarra), Pete Iannacone (baixo), Jeff Watkins (saxofone), Hollie Farris (trompete), Lemar Carter (bateria) e Christian Lohr (órgão/teclados) e os produtores de "Mind Body & Soul", Conner Reeves e Jonathan Shorten, compõem e gravam algumas músicas (as principais do próximo álbum) em uma semana.
Ao apresentar o material feito no "Mama Stone's" aos executivos da EMI, Joss se depara com a desaprovação do álbum, considerado por eles como "não comercial". Começa aí a luta da jovem contra a sua gravadora.
Joss não se dá por vencida e continua fazendo seus shows e apresentando suas novas músicas ao público, dedicando a música que seria single de seu próximo álbum, entitulada "Free Me", à sua gravadora e adicionando ao final da música os versos: "Free me, EMI!", para que a multinacional lançasse seu álbum. Joss chegou a oferecer uma grande quantia em dinheiro para quebrar o contrato com a gravadora, para que ela pudesse lançar seu disco por outro selo, o que foi negado pelos executivos.
Uma campanha, iniciada pelos fãs brasileiros, chamada "Free Joss" foi aderida por várias pessoas nas principais redes sociais da internet.
Após mais de um ano lutando contra a pressão de sua gravadora, Joss finalmente consegue lançar, em novembro de 2009, o seu álbum, entitulado "Colour Me Free!", com as canções que ela queria, do jeito que ela queria.

O álbum foi bem criticado, porém, não teve grande desempenho nos charts. Destacam-se o single do vídeo acima, "Free Me" e outras excelentes músicas, como "Could Have Been You" (que ela compôs quando tinha 15 anos), "Parallel Lines", com a participação do guitarrista Jeff Beck, "4 & 20", "Governmentalist", com a participação do rapper Nas, a viciante "Incredible" (vídeo abaixo) e a balada ao piano e orquestra "Girlfriend On Demand".

Uma etapa, finalmente, vencida!

Continua no próximo post.

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